sábado, 4 de outubro de 2014

Achei o relato desse blog 

http://diaadiadadepressao.blogspot.com.br/2014/08/rivotril-minha-experiencia-sofrimento.html 

sobre os malefícios do rivotril tão interessante  que  tomei a liberdade de reproduzi-lo aqui. As vezes não sabemos dos perigos que os remedios representam.



quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Rivotril: minha experiência & sofrimento

Eu comecei a tomar 1 mg de clonazepam em março. No inicio tudo é muito bom, eu me sentia anestesiada, tranquila, nada mais me incomodava. Nada de fobia social, ansiedade ou mesmo crises de raiva. Tudo era terrivelmente "bom demais". Ele me trazia a segurança de que tudo estava bem e todos eram felizes. Passado-se um mês eu, por contra própria, comecei a tomar 2 mg sem o psiquiatra saber, afinal aquela sensação terrivelmente boa estava diminuindo e minha mente pensava que jamais conseguiria viver de outra forma. Tudo era tão cômodo... Eu comecei a alternar entre 2 mg, 1 mg, 3 mg, 6 mg, eu já estava me descontrolando em relação a ele. Qualquer estresse, por menor que fosse, "vou lá tomar um Rivotril", e como mágica a sensação passava e tudo voltava a ser anestesiado.
Passaram dois meses. Começaram os tremores, as dores de cabeça, os "brancos" na memória, e a vontade irresistível de tomar cada vez mais doses mais fortes. Nesse momento, enquanto estava com 2 mg na mão - em vez do 1 mg que o psiquiatra passou - eu pensei "isso não vai me ajudar, eu vou tomar mais e mais, e onde isso vai parar?"... As minhas mãos não paravam de tremer, mas eu cortei o comprimido no meio e voltei a tomar 1 mg todos os dias conforme a prescrição médica.
No mês seguinte, não sentia mais a sensação de estar anestesiada, durava algumas poucas horas, e quando acabava, a ansiedade estava maior. Meu corpo sentia necessidade de tomar mais um - mas eu não cedi. Entendi que meu problema era mais profundo e passei a analisar junto com a minha psicóloga outras questões que me incomodavam.
Mantive a mesma dose, exceto em surtos psicóticos (quando eu tenho que tomar algo mais forte), e na última consulta devido a minha memória recente estar muito destruída, meu psiquiatra pediu para diminuir para 0,5 mg. Minha mente protestou, gritou, mas eu não cedi. Estou sofrendo fisicamente com muito mais tremores, dores que eu não sentia voltaram duas vezes mais fortes, dores de cabeça apareceram, mas eu não vou ceder. Eu aguento. Eu aguentaria mais. Eu aceitei o desafio.
Esse inocente comprimido branco quase destruiu a minha vida, quase me tornou uma viciada, quase acabou com a minha memória e não é exagero. É a verdade. Eu estou sofrendo fisicamente e mentalmente pela falta dele, mesmo tomando 0,5 mg, meu corpo não está satisfeito e me faz sofrer bastante, mas eu não ligo, observo e continuo a minha vida.
Provavelmente na próxima consulta, ele vai pedir para parar de tomar ele. Eu não vejo a hora. No começo do tratamento, eu não queria largar, porque era mais fácil não lidar com meus sentimentos, era mais fácil ficar pausada, anestesiada do que enfrentar as situações sombrias dentro de mim. Agora eu não vejo a hora de não ver mais essa caixa na minha frente. Só me fez mal. Só atrasou minha melhora. A única coisa que ele foi útil, foi nos surtos psicóticos - só. Ele é um calmante poderoso e eu acho que só deveria ser usado em casos muito graves - que era o meu no começo do tratamento - pois os efeitos colaterais são terríveis. 
Pessoas depressivas são muitas vezes retiradas e antissociais. Isso não significa necessariamente que elas não gostam de outras pessoas, mas, segundo um novo estudo, poderia significar que seus cérebros não processam sentimentos de ódio de uma forma normal.
Cientistas chineses e britânicos escanearam os cérebros de pessoas com e sem depressão, e encontraram um padrão surpreendente em quase todas as pessoas deprimidas: a atividade cerebral estava fora de sincronia em três regiões conhecidas coletivamente como o “circuito do ódio”, chamadas assim porque “ativam” quando as pessoas olham para fotografias de alguém que não gostam.
“Sentimentos de auto-ódio são uma característica comum da depressão, de forma que seria de esperar que os sentimentos também seriam mais intensos quando direcionados para outras pessoas”, explica o pesquisador Jianfeng Feng, professor de ciência da computação.
Em vez disso, é como se o cérebro de pessoas deprimidas odiassem “incorretamente”. As perturbações do cérebro observadas poderiam ser um sinal de que as pessoas com depressão têm uma capacidade diminuída para lidar com – e aprender com – situações sociais nas quais elas se sentem ódio.
Isso pode explicar por que elas muitas vezes guardam para dentro emoções como ódio e raiva, ao invés de lidar com elas de maneiras mais construtivas.
Segundo os pesquisadores, os resultados podem ajudar os médicos a entender por que as pessoas deprimidas reagem da forma como reagem a certas circunstâncias. Os sentimentos de dúvida e isolamento podem ter a ver com esse circuito do ódio dos pacientes.
Descobertas como esta são interessantes, mas os resultados são preliminares. Outros estudos têm que abordar o assunto para confirmar o que foi encontrado.
Os pesquisadores usaram ressonância magnética funcional (fMRI) para mapear o cérebro de 37 pessoas saudáveis e 39 pessoas que tinham recebido um diagnóstico de depressão, mas não tinham procurado tratamento ou responderam à medicação antidepressiva. A composição de cada grupo foi semelhante em termos de idade, sexo e educação.
Em um cérebro saudável, as ondas registradas por fMRI se movem para cima e para baixo juntas, em um padrão contínuo. Mas quando a função do cérebro está perturbada, as ondas se movem fora de sincronização, um fenômeno conhecido como “desacoplamento”.
As ondas cerebrais no circuito de ódio estavam desacopladas em 92% dos pacientes deprimidos.
A depressão também foi associada a perturbações em algumas partes do cérebro envolvidas na ação e na tomada de risco, na emoção e na busca de recompensa, e na atenção e no processamento da memória.
A maioria das pesquisas com ressonância magnética em pessoas deprimidas trata o cérebro como um grupo de regiões distintas, visando áreas muito específicas ou observando como se comportam as regiões de forma independente.
Este estudo, ao contrário, observou o sistema cerebral inteiro de uma vez – uma abordagem que ajudou os pesquisadores a fazer conexões e descobrir padrões em várias regiões.
Os cientistas realizaram os exames enquanto os participantes estavam descansando. Isso minimizou a interferência de qualquer estímulo externo, mas também significa que os pesquisadores não podem ter a certeza se as perturbações do cérebro que eles observaram se relacionam com situações ativas, tais como situações sociais.
No futuro, o foco no circuito ódio pode abrir novos caminhos para o tratamento da depressão, incluindo novos medicamentos e psicoterapias.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014



Quero dividir as minhas angustias cada vez que tenho que ir a pericia do INSS, sou celetista (trabalho com carteira assinada). Pavor é uma palavra branda para o que sinto quando vai chegando a data que tenho que comparecer a pericia.

Mas o objetivo é trocar experiências, de como os doentes mentais são tratados pelos peritos. A depressão ainda é um tabu.

Sei que esse profissionais é muitas vezes sofrem assedio moral, mas não justifica a maneira que muitas vezes somos tratados. Muitas pessoas vão para o INSS para não trabalhar, mas se o peritoo não consegue verificar essa diferença através dos laudos médicos e ficam fazendo perguntas absurdas que nos deixam constrangidos como se fosse uma opção nossa não trabalhar. Temos um laudo do nosso medico que atesta que estamos inaptos para o trabalho.Acredito que essa queixa não é apenas minha, não podemos ser reféns desses profissionais.Já estou na pericia há 1 ano e passei diversas vezes. Por alguns fui bem atendida outros não. 

Descobrir algo importante, se você for mau atendido pelo perito você pode fazer uma reclamação ao chefe do perito. Muitas pessoas não sabem disso, se eu soubesse talvez tivesse economizado alguns tarja preto. Sempre vou a pericia acompanhada tenho medo do que posso fazer ao sair de lá.

Precisamos fazer valer nossos direitos e reclamar divulguem não podemos ser tratados como pessoas não querem trabalhar e sim que estamos incapacitados para as atividades laborais, que estamos fazendo tratamento e tomando alguns remédios que tem efeitos colaterais, que nos deixam incapacitados para algumas atividades.


quarta-feira, 1 de outubro de 2014






Depressão, a doença do Século é a terceira causa de morte em adultos e a segunda entre jovens e adolescentes

ü  20% da população mundial terá depressão pelo menos uma vez na vida. Ou seja: 1 e cada 5 pessoas
ü  A faixa etária de maior incidência está entre 15 e 45 anos
ü  3 mulheres para 2 homens apresentam quadro de depressão
ü  É a 1ª causa de aposentadoria por problemas psiquiátricos
ü  Teste o seu nível de depressão e ansiedade no site: www.vladimirbernik.med.br

*Dados: Organização Mundial de Saúde

A depressão é um transtorno mental grave. Ainda é questionável a sua predisposição genética, mas sabe-se, que a sua associação somada a fatores socioeconômicos, pessoais e profissionais pode ser um gatilho significativo para o aparecimento da doença, que também pode ser associada, também, a doenças clínicas.
O médico psiquiatra e coordenador da Equipe de Psiquiatria do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, Dr. Vladimir Bernik, diz que juntamente com o Transtorno Bipolar e crises agudas de esquizofrenia, a depressão responde pela maior parte de suicídio.
“Por isso, é fundamental que médicos não especialistas também estejam atentos à depressão e aos seus sintomas. No entanto, é preciso saber diferencias entre tristeza, que é um sentimento, de depressão que é uma doença, e muito grave”, alerta Dr. Bernik.
Os sinais de alerta são: Humor depressivo, perda de alegria de viver, ganha ou perda de apetite, alterações de sono, fadiga diurna e lentidão psicomotora.
Hoje, no mercado, encontramos várias opções para o tratamento por isso é importante é a individualização do quadro de cada paciente. “Só assim será possível elaborar uma estratégia personalizada de terapêutica, que envolverá a medicação correta, sessões de psicoterapia congnitiva ou comportamental”, diz o médico psiquiatra.
Dr. Vladimir Bernik enfatiza três regras importantes para o êxito do tratamento: a prescrição apenas de antidepressivos que conhece; use sempre a dose exata conforme a indicação do fabricando, nem menos, nem mais; e mantenha o antidepressivo por, no mínimo. De 14 a 21 dias. “É importante explicar ao paciente que há uma demora normal para o efeito esperado do medicamento”.
Dr. Bernik ainda reforça que, muitas vezes, o paciente desiste do tratamento no meio do caminho por se sentir “bem” e que essa atitude pode ser muito perigosa. Por isso, a importância da família nesse processo de tratamento e recuperação.


  Embora essas imagens possam a principio constranger, e pensar como pode o ser humano chegar ao ponto de ser autotomutilar. 

Nós deprimidos sabemos que as vezes para aguentar a dor e o desespero, precisamos de alguma dor maior, que nos alivia temporariamente. Sabemos que os cortes são pura ilusão,  é temporário a dor continua lá a nos torturar, talvez o medo do ridículo  fazemos tudo para esconder de todos, fingindo que está tudo bem, quando nosso mundo está desmoronando.

 Fiz parte desse clube secreto ( por que envergonha chegar ao ponto da automutilação) carrego algumas cicatrizes dessa época.  Hoje ainda luto contra esse desejo. Através das consultas com o psiquiatra resolvemos  que usaria um calmante tarja preto cada vez que sentisse desesperança e o desejo da morte.

Se está funcionado?  Estou em tratamento a 1 ano e a pior fase parece ter desaparecido. 

Se vocês estão com esses sentimentos, procurem ajuda profissional, as vezes precisa de muito tempo e tratamento medicamentoso e terapia. Mas existe uma luz no fim túnel.


terça-feira, 30 de setembro de 2014

MS Blog: A morte de Robin Williams e a depressão

MS Blog: A morte de Robin Williams e a depressão:

A morte de Robin Williams e a depressão
Por vezes costumamos dizer ou ouvir "parece ser boa pessoa". Se havia algum actor que me transmitia esse feeling, esse actor era o Robin Williams. Talvez pelo sorriso aberto, pela expressão rasgada dos olhos que transmitia espontaneidade, tinha mesmo aquele ar feliz, de quem está de bem com a vida, em paz... parece que o estou a ver...
Contudo, parece que atravessava uma grave depressão, segundo fiquei hoje a saber ao ser surpreendido com a noticia da sua morte.
Isto dá-nos que pensar. É uma alerta para a importância da depressão, cada vez mais comum nos dias de hoje. É um sinal de que a depressão faz doer e pode levar à morte. É uma prova de que uma pessoa pode aparentemente estar bem e feliz hoje mas que nada impede que "amanhã" possa estar em dificuldades, a sentir-se infeliz e precisar de ajuda.
Por isso, a depressão não deve ser subvalorizada e deve ser falada e tratada.

Ficam na memória filmes como O Clube dos Poetas MortosGood Morning VietnamDespertares, entre tantos outros.
R.I.P. Robin Williams


Robin realmente era um ator nos palcos e na vida, quem poderia imaginar que o homem por trás da personagem de PATCH ADAMS, sofria de depressão. Essa doença silenciosa que nos faz enganar a todos a nossa volta, com um pretenso bem estar.


Fica a dica, sorrir não é sinal de felicidade, parecer não é estar, sentimentos não podem ser compartilhados apenas sentidos. Procurar ajuda é essencial pois nos ajuda a viver mais um dia e mais outro, mas a dor e a solidão é nossa companheira, como nossos amigos e familiares.  

segunda-feira, 29 de setembro de 2014


Embora muitas pessoas acham que é frescura DEPRESSÃO É UMA DOENÇA. 




Quando tudo é escuridão o mais difícil é fingir para todos que está tudo bem, quando a verdade está muito distante dessa realidade. Vivemos em um mundo de sonhos reais, onde somos apenas atores da vida real apenas atuando o papel de uma personagem normal. Ninguém gosta de conviver com alguém que está sempre para baixo, reclamando, por isso somos atores para que outras pessoas nos tolerem e nos ajudem a viver mais um dia. Ultimamente meu principal amigo é meu marido é um tarja preto. 

Os sentimentos são abstratos e não podem serem mensurados. A depressão nos deixa mais reclusos, indiferente a outras pessoas, mas elas são importantes, para que nosso egoísmo não nos levem a morte. 

Não quero ouvir frases feitas, piedade, ignorância ou indiferença. Apenas ficar com meus pensamentos sejam eles bons ou maus. 



CHORO


domingo, 28 de setembro de 2014

O resultado da fatídica e horripilante pericia a que fui submetida, resolvi voltar a trabalhar, mesmo contra a sugestão do meu psiquiatra. Qual foi o resultado??? estou de molho por conta de dores fortes na coluna lombar, agora além dos medicamentos de uso continuo faço uso tomo de mais 3. Vou passar por uma nova pericia, resultado meu corpo se rebelou e disse pare. Mesmo contra minha vontade eu ainda não estava em condições de voltar as atividades normais. Mesmo tenha consciencia que tenho laudo do psiquiatra e do ortopedistra estou apavorada em passar novamente na pericia.

ROSA NEGRA


         O tratamento ainda me ajuda muito, mas ainda está longe de um final feliz ..... existe sim uma luz no final do túnel, embora muitas vezes não acreditamos, somos feitos para a vida temos o instinto de sobrevivência.
 Por hoje ficamos por aqui!!!!!!!!!!!!!! Espero que até breve...........
            Desejo o que realmente significa? para mim uma vontade psicológica ou/e fisiológica de obter-ser algo ou alguém. E quando esse desejo paralisa, passa à ser o nada, o vazio, o vácuo, apenas a vontade de não existir, de não fazer parte desse mundo. Uma fuga, imaturidade, incertezas, medos, com certeza são tantos adjetivos para justificar mas não para explicar, não para curar , não para aliviar, apenas dói.
            Lembro da minha adolescência onde eu apenas não me encaixava no mundo “normal” o desejo era de sumir, com uma tristeza sem fim e motivo.  Não foi algo que apareceu do nada apenas estava lá para me atormentar. Como foi difícil esconder das pessoas, fingir uma alegria ou um bem estar que estava longe de sentir.  Havia algo de errado só não tinha a consciência que isso se chamava depressão.

Hoje fico por aki..........

            Para muitas pessoas depressão é um tabu ou apenas simples falta de informação. Ouvimos diversas vezes que o nos falta é vontade de, levantar de fazer algo, mas falta, falta, falta, como podemos não nos sentir culpados. É algo que não podemos controlar é inerente ao simples querer ainda existem muito preconceito sobre esse tema.
            Diversos estudos e pesquisas são realizados nesse campo, não estou aqui para discuti-las, só quero repassar a minha própria experiência como uma pessoa deprimida e doente.
            Precisei chegar ao fundo do poço até que uma amiga me falou que eu estava deprimida e necessitada de uma consulta com um psiquiatra, não foi fácil. Admito que no começo foi difícil admitir, assumir minha condição de doente e que necessitada de tratamento medicamentoso. Levou anos entre indas e vindas para eu poder fazer essa afirmação e diversas crises ao longo dos anos.

O intuito desse blog é mais um desabafo, para quem sabe alguém tenha os menos sintomas. Uma forma de compartilhar com o mundo o que está apenas no meu cérebro, um mundo de dor e desejos de auto mutilação.